Trailer
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Cineclube na UAB: Persépolis
?Persépolis? é uma história simples contada de forma simples. Como nos quadrinhos de Marjane Satrapi, em que é baseado, o filme dirigido pela própria Satrapi e Vincent Paronnaud, consiste essencialmente de uma série de desenhos em preto e branco, grossas linhas negras preenchidas por nuances de cinza. A animação narra as crônicas de uma adolescente durante tempos difíceis. A trama se desenvolve com tanta graça, inteligência e charme que você quase esquece dos aspectos extraordinários de sua execução. Nesta era governada pela Pixar e por ?Shrek?, é bom lembrar que as raízes da animação não estão numa técnica em particular, mas sim no impulso de dar vida a imagens estáticas. Mesmo com seu visual despretensioso, ?Persépolis? é caloroso e surpreendente, com humor vivo e espírito independente. Seu retrato estilizado do mundo (especialmente das ruas e prédios de Teerã e Viena) transforma geografia em poesia.
Sem heroísmo
Contra a força da intolerância e da superstição, Marjane segue os passos de sua avó e assume uma postura combativa. Apesar de sua auto-confiança, Satrapi não se mostra de forma heróica. As dimensões políticas de sua história são tão claras ou simples quanto seu estilo visual, mas ?Persépolis? revela mais por meio de sentimentos do que de palavras e apóia seus argumentos nas incertezas da adolescência. Temendo por sua segurança durante um período de guerra e repressão política, os pais de Marjane a mandam para a Áustria, e a alienação que ela experimenta lá é o contraponto da ansiedade vivida em Teerã. Na Áustria, ela se perde nos prazeres do punk rock e da cultura alternativa, mas se decepciona quando encara o niilismo europeu. É em Viena que seu problema se torna claro, um dilema que não é só seu. Ou ela vive longe de casa com um pouco de liberdade, ou volta para casa mas deve abrir mão de sua individualidade. ?Persépolis? dramatiza esse dilema sem forçar uma solução fácil ou sentimental. Enquanto sua jovem personagem se entrega à depressão, a autora e diretora Satrapi evita sentir pena de si própria. O clima do filme é freqüentemente sombrio, mas também chama a atenção por seu encantamento e ousadia. É a expressão perfeita da resistência artística aos poderosos e opressores, que insistem que o mundo só pode ser visto em preto e branco.
Sobre o cineclube
O Cinezine (www.cinezine.com.br) é um cineclube portátil que surgiu em Cachoeira do Sul em 2005 e já exibiu filmes na Câmara de Vereadores, em filas de esperas de bancos, em livrarias, cafés, garagens e espaços públicos na cidade e também em Santa Maria, Ijuí, Rio Pardo e Florianópolis. Agora o cineclube integra as iniciativas do Centro de Inovação Social e juntamente com a Coordenadoria Municipal de Juventude (CMJ) e Universidade Aberta do Brasil (UAB), promovem exibições de filmes e documentários sempre na primeira segunda-feira de cada mês, às 20h. A parceria iniciada em junho seguirá até Dezembro.
Persépolis (2007, Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, 1h 35min)
Auditório da Universidade Aberta do Brasil, 20h.
Muito bom! Parabéns pela iniciativa!
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